Estava demorando. A espera foi interminável, mas finalmente o TO THE LAMB subiu em um palco. E foi lá naquele bar, quase dez dias atrás, que a banda mostrou o quão entrosada, abençoada e cheia de garra está!
Chegamos ao Novo Aeon Rock Bar lá pelas 22 horas. Mas calma. Ainda tem história para contar do que aconteceu antes disso. Como o show era na segunda, resolvemos que não ensaiaríamos no sábado anterior, e sim no dia da apresentação. Sabe como é, sempre bate aquela insegurança parecida com a de um vestibulando quando está para fazer uma prova da Fuvest. Tínhamos que rever todo nosso repertório e fazer uma breve simulação do que iríamos mostrar naquela noite.
Antes de mais nada
Para começar, todos chegaram bem atrasados ao estúdio, que fica na casa do Samuka. Até o Lucky, o chefe. E quando, depois de muita “firula” na regulagem do som, íamos começar a tocar (íamos não, porque eu ainda não havia adentrado o recinto), nossa potência – o equipamento – foi para o saco. Até hoje estamos tentando entender o que aconteceu, mas o fato é que ela não funcionava mais. Enfim, não rolou o ensaio, o que, de certa forma, foi até bom, porque eu pude fazer umas regulagens que minha guitarra estava precisando.
Fomos em comboio de três carros para o local do evento, em Interlagos, mas antes paramos na loja do palhaço vermelho e amarelo com um “M” gigante para fazer um lanchinho. Entrei no estacionamento do restaurante e botei o disco de uma banda muito legal, a nossa, e aumentei o volume no máximo para ouvirmos “End of Days” enquanto devorávamos uns Big Macs.
Quando chegamos no Aeon, ainda não estava lá nenhuma das bandas que iriam tocar conosco. Bacana, porque tivemos bastante tempo para montar os equipamentos, inclusive a monstruosa bateria do senhor Samuel. Processo demorado!
Tudo pronto. Mas cadê as bandas? Sim, éramos nós, Deus e alguns expectadores. Não muita gente, porque ainda era cedo e, convenhamos, segunda-feira de Carnaval não é o dia ideal para um show de metal que não teve um pingo de divulgação.
O show
O que importa é que, por volta das 23h40, Lucky Santana soprou no meu ouvido: “ferrou, o playback da intro não vai rolar”. É a vida, né. Pau no equipamento. A alternativa foi recorrer ao mestre das baladas, JC, que dedilhou alguns acordes enquanto eu solei alguma coisa de improviso para a introdução.
As cortinas se abriram e apareceu a surpresa da noite. Alguém de capuz e roupa toda branca em cima do palco, com uma faixa vermelha amarrada na cintura, braços cruzados e rosto coberto por uma máscara dourada semelhante a uma de teatro grego. Vagarosamente, os braços do homem foram se abrindo, e as mãos também, quando já era possível enxergar as marcas de perfuração em sua palma. Era Jesus Cristo, o personagem histórico mais importante de nossas vidas, o caminho para a salvação e o homenageado daquela noite. Foi a primeira aparição da “mascote” do TO THE LAMB, mas que se encaixa melhor como o mestre desse grupo de homens, que existe com o único intuito de louvar o nome d’Ele.
Passado o momento de apresentação visual da banda, começaram a soar os grunhidos da minha guitarra, cujo braço eu levantei, olhando para o Samuka, marcando o tempo para o início de “The Trumpet, the Judgement”. A música causou boa impressão e mostrou-se perfeita para abrir um show nosso. E foi aí que passou o nervosismo dos músicos-servos, que pareciam Rocky Balboa voltando aos ringues depois de mais de 20 anos. Nada mais gostoso do que tocar, e tocar para o Senhor!
Todos se mostraram bastante desinibidos, até mesmo o Silas, que estava subindo em um palco pela primeira vez. A diversão rolou solta em “End of Days” e “Chosen Army”, depois o clima ficou mais pesado, com “Open my Eyes”, quando a casa começou a encher mais. Era o momento ideal para apresentar a banda, o que o Nickson fez na seqüência. O ambiente ficou ainda mais denso, com “Dark Dream”, até que demos um respiro para a galera, mas apenas por alguns instantes, enquanto tocamos a introdução de “Men of Good Faith”. Era a hora de algo mais cadenciado, que lembrasse um hino, foi aí que mandamos “J Salvation Comes” e encerramos, com momentos de alegria e improvisação, tocando “No Rest for the Wicked”.
Uma pizza barata
Fim de show, todo mundo contente, principalmente nosso Deus, acredito. Levamos a palavra para quem precisava ouvir e plantamos a semente em mais um lugar nesse mundão. Mas era hora novamente de encher nossas barrigas. Todo mundo sem grana. “Então vamos procurar uma pizza barata?”, alguém pergunta. “Vamooooos”, todos respondem. E não é que achamos? Pedimos logo duas, e foi na segunda que, em meio a inúmeras fatias de calabresa, encontramos a bendita, uma barata. Morta, felizmente. Rolou um desconto, mas acredito que todos preferiam ter pagado mais caro. Desse jeito, o núcleo velhaco da banda não vai agüentar todas as aventuras dos shows.
Wednesday, February 28, 2007
DESENCANTAMOS
Por Marco Zanni
Monday, February 05, 2007
GRANDE ENSAIO!
Primeiramente, preciso dizer que sábado passado, dia 3.2.07, foi muito gratificante.
Tivemos a visita de nosso ilustre "guitar man" Renato "Ivory" Fonseca que, para quem não sabe, foi quem gravou junto comigo a demo da banda. Após muito tempo sem ver como estava a banda, ficou o ensaio inteiro e gostou muito do que viu, sentindo que a banda está coesa, apesar dos problemas ténicos no som, que poderia ter sido melhor...
Em segundo lugar, todas as músicas estão prontinhas para o show do dia 19.2, no novo Aeon. Por isso, é só aguardarem que teremos algo realmente bom para apresentar.
Somo a isso pequenas surpresas que teremos nos shows, pois como já foi há muito falado, nossas apresentações não serão apenas de uma banda tocando no palco, por ser até previsível demais. Teremos algo mais, claro, dependendo do local da apresentação.
Em geral, todas as músicas estão soando da forma que gostamos, independente de quem compôs, pois todos dão o melhor de si em cada uma, o que mostra que somos uma banda democrática e com o olhar no horizonte e não na ponta dos nossos pés.
Acima, uma pequena parte da surpresa que teremos.
Espero que gostem!
Por Lucky Santana
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